Estratégia em ações novembro 2024
Estratégia em ações novembro 2024 | Por Ágora Investimentos
Direito ao ponto, leia a conclusão do relatório Estratégia Mensal de novembro de 2024, elaborado pela equipe de análise da Ágora Investimentos:
“De 2025 para a frente, principalmente, em linha com o cenário base de nossa equipe econômica e após sucessivas surpresas positivas, esperamos uma desaceleração da economia doméstica como resposta ao ciclo de aperto monetário que está em andamento.
E neste sentido, a desaceleração da economia pode impactar também a tendência até então crescente dos lucros das empresas, o que seria um fator negativo obviamente para a precificação dos ativos, o que nos leva a reforçar a importância da seletividade.
A leitura do ambiente nos parece complexa e pouco óbvia. O grande argumento em favor da alocação em bolsa é o fato de que há excelentes empresas, de sólidos fundamentos, com valuations atrativos e boas pagadoras de dividendos“.
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Nos aproximamos do mês de novembro e são muitos os eventos que podem influenciar os preços dos ativos globalmente. Eleição norte-americana, próximos passos do FED e os desdobramentos das guerras são apenas alguns desses fatores. Internamente, o mercado aguarda anúncios mais contundentes relacionados ao controle de despesas públicas, ao mesmo tempo em que os investidores em bolsa seguem atentos à temporada de resultados corporativos do 3º trimestre de 2024 (3T24).
Embora seja pouco provável que tenhamos sucesso em analisar e projetar a consequência para cada “evento”, nosso objetivo é apresentar uma visão mais ampla e mapear como o investidor deve estar posicionando para atravessar este período. Indiscutivelmente, e sob diferentes perspectivas, temos convicção de que o pilar alocativo das carteiras segue em instrumentos de renda fixa.
Mas este é um relatório onde discutimos o cenário para bolsa, e, por mais controverso que pareça, esta também é uma janela oportuna para alocação em renda variável, com foco em posições de longo prazo.
A eleição norte-americana segue indefinida, ainda que os últimos dados (pesquisas + apostas) indiquem algum favoritismo do candidato republicado Donald Trump. Historicamente, as eleições não foram eventos que mudaram a trajetória dos preços nas bolsas norte-americanas, mas algumas ações do chamado “trump trade” poderiam ganhar espaço nos portfólios.
É razoável vermos alguma volatilidade, mas não temos clareza sobre um impacto material para o Brasil (e tampouco ações de empresas brasileiras).
Do ponto de vista de política monetária, nas últimas semanas vimos um forte avanço dos juros dos treasuries, basicamente uma reação a uma combinação entre a resiliência da economia americana e preocupações com o cenário fiscal.
Portanto, ainda que os fed funds possam cair ao longo dos próximos trimestres, o “novo nível” de juro deve ser bem mais elevado do que vimos no período pré-pandemia.
Nossa conclusão, por enquanto, é que embora esses temas sejam bastante relevantes, eles não devem ser prioritários para apoiar nossa estratégia de alocação em ações brasileiras para novembro.
Alternativamente, acreditamos que o noticiário doméstico deve voltar a ganhar relevância na análise.
Após um mês de outubro morno em termos de pautas políticas/econômicas (em função das eleições municipais), existe grande expectativa sobre o possível anúncio de medidas para redução de gastos públicos.
Os recentes movimentos do dólar (chegando a R$ 5,70), e dos juros futuros (precificando a Selic a 13,50%) aumentaram a preocupação com o comportamento da inflação e seus impactos secundários, tornando mais evidente a importância do comprometimento com o arcabouço fiscal.
Embora ainda incerto, o anúncio de medidas de corte de despesas poderia ser um gatilho importante para ajudar a reduzir o prêmio de risco, contribuindo para alguma melhora do apetite em bolsa.
Outro tema importante está relacionado à temporada de resultados do 3T24.
Como destacamos recentemente, as ações que compõem o Ibovespa devem apresentar um crescimento anual dos lucros de quase 20% no terceiro trimestre, liderado pelos setores industriais, com 70% das empresas do índice reportando lucros maiores em comparação ao mesmo período em 2023.
Como pano de fundo deste panorama, acreditamos que as nossas empresas desfrutarão de um benefício duplo de: uma economia local forte; juntamente com redução das pressões de custo, já que tanto as taxas de inflação quanto a Selic estão mais baixas em bases anuais. Este ambiente “favorável”, no entanto, se contrapõe aos desafios vindouros.
De 2025 para a frente, principalmente, em linha com o cenário base de nossa equipe econômica e após sucessivas surpresas positivas, esperamos uma desaceleração da economia doméstica como resposta ao ciclo de aperto monetário que está em andamento.
E neste sentido, a desaceleração da economia pode impactar também a tendência até então crescente dos lucros das empresas, o que seria um fator negativo obviamente para a precificação dos ativos, o que nos leva a reforçar a importância da seletividade.
A leitura do ambiente nos parece complexa e pouco óbvia. O grande argumento em favor da alocação em bolsa é o fato de que há excelentes empresas, de sólidos fundamentos, com valuations atrativos e boas pagadoras de dividendos. Estas são as nossas preferências em termos de alocação.
Conteúdo: Ágora
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