Investimentos para a aposentadoria
Investimentos para a aposentadoria | Artigo por Valter Police, especialista em planejamento financeiro e executivo da Droom Investimentos.

Investimentos para a aposentadoria
Todos nós, em algum momento, iremos parar ou reduzir a venda de nosso tempo por dinheiro. Quais são os planos para quando esse momento chegar?
Existem muitos aspectos que poderiam (e deveriam) ser planejados para isso. No entanto, o foco aqui é falarmos das questões financeiras envolvidas no processo, para que, chegando lá, possamos ter a liberdade de fazer escolhas mais amplas, não cerceadas pela falta de dinheiro.
Vamos começar pensando na renda pela previdência oficial. Há quem acredite que, se contribuir por toda a vida, terá margem para manter o estilo de vida. É preciso repensar isso. Muitos estudos já demonstraram que a previdência pública brasileira já faliu e é sustentada por outros meios de arrecadação do governo, mas a situação é muito pior, uma vez que os números de deterioram rapidamente. Um dos mais recentes, feito pelo Ipea, indicou que em 2022 tínhamos uma razão de 1,97 trabalhadores para cada aposentado, o que já é péssimo. No entanto, o estudo também mostra que em 2051 essa razão chegará a 0,86, ou seja, cada trabalhador da ativa deveria pagar a aposentadoria de mais de uma pessoa. Crítico.
Como fazer então para acumular os montantes necessários para viver com liberdade nas fases mais adiantadas da vida? A receita passa por guardar dinheiro com regularidade, de preferência desde cedo, escolher os investimentos com muita ponderação e tomar cuidado para que nenhum evento traumático abale todo o projeto, o que normalmente se mitiga com boas apólices de seguro. Sobre poupar dinheiro, o foco deve ser na disciplina para guardar sempre. Para as coberturas de seguro, a assistência de um corretor de confiança pode ajudar a entender quais coberturas fazem sentido para cada caso.
Mas vamos agora falar sobre investimentos, as muitas opções que existem no mercado e quais podem ser priorizadas. Antes, vale lembrar que cada investidor tem um perfil. É fundamental entender isto, para que o investimento esteja alinhado com os objetivos de vida — nesse caso, a aposentadoria.
Vou fazer uma lista das minhas “preferências”. A primeira ideia é a previdência privada de empresas que oferecem esse benefício aos colaboradores. Boa parte das companhias que disponibilizam essa opção dão uma contrapartida para as suas contribuições, que podem ser de um para um ou até mais! Em outras palavras, o colaborador que guardar R$1 mil, terá seu saldo aumentado para R$2 mil. Há também o plano de previdência PGBL, mas atenção: essa sugestão só é válida em caso de renda tributável interessante – geralmente acima de R$90 mil ao ano. Nesse caso, o PGBL permite a redução da base de cálculo do imposto de renda, diminuindo o volume de imposto.
A partir daqui o ideal é montar uma carteira diversificada, incluindo investimentos fora do país, cujo foco seja o longo prazo e apresente boas expectativas de retorno, com riscos controlados.
Um exemplo que parece fazer muito sentido é o Tesouro Renda+. O investimento oferece bons retornos, com grande segurança e possui um sistema para o desinvestimento muito interessante: os valores acumulados são pagos como um “salário” por 20 anos, a partir do momento da conversão.
Além disso, há também os investimentos alternativos, que podem aumentar o retorno da carteira de forma significativa. Um exemplo desta classe são os ativos judiciais — os famosos precatórios, que hoje podem ser acessados até mesmo por investidores pequenos, o que não era possível até pouco tempo. Um investimento como esse pode render até 3 vezes mais do que a taxa de juros básica, encontrada em investimentos de renda fixa tradicionais.
Assim, vamos imaginar que a taxa básica de juros de longo prazo fique por volta de 9% ao ano e o investimento alternativo em 20% ao ano (pouco mais de duas vezes). Ao colocar 15% de investimentos alternativos na carteira, acrescentará 1,65% ao ano de retorno. Será que é pouco? Em 10 anos, a diferença é de 16% a mais de patrimônio. Em 20 anos, mais de 35% e em 30 anos chega a 57% a mais.
Em outras palavras, um investimento inicial de R$100 mil ultrapassa, em 30 anos, o valor de R$1,3 milhão com o retorno de 9% ao ano, mas o montante sobe para mais de R$2 milhões com a carteira diversificada por investimentos alternativos, mesmo que estes ocupem apenas 15% do portfólio.
Como em qualquer investimento, os retornos são expectativas, que podem variar ao longo do tempo e, assim, um acompanhamento feito por profissionais é altamente indicado, para que correções de rota sejam feitas periodicamente. Além disso, é importante estudar o ativo em que deseja investir e elaborar um planejamento de aposentadoria com o qual se sinta confortável e seguro, sempre considerando os riscos envolvidos.
Autor: Valter Police é especialista em planejamento financeiro e executivo da Droom Investimentos
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