Previsão do dólar
Previsão do dólar aumenta de R$ 5,60 para R$ 5,70 para o final do ano, conforme Pesquisa Focus, divulgada hoje (25/11) pelo Banco Central (BC).
Estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 sobe de 3,10% para 3,17%. Expectativa do IPCA é de 4,63% para 2024, acima do teto de 4,5% da meta do BC.
“O Boletim Focus desta semana indica um cenário promissor no curto prazo para investimentos em empresas brasileiras, com projeções de crescimento revisadas para cima e inflação mais baixa em 2024, o que pode impulsionar a expansão de negócios locais. No entanto, a perspectiva de alta no câmbio e na Selic para 2025 traz um alerta, especialmente para empresas que dependem de capital externo ou têm custos atrelados ao dólar. É um momento estratégico para fortalecer estruturas financeiras e buscar eficiência operacional, aproveitando as oportunidades do presente sem perder de vista os desafios futuros”, disse João Kepler, CEO da Equity Fund Group.
“Os dados destacam um cenário econômico de alerta. A leve queda no IPCA para 2024, de 4,64% para 4,63%, perde relevância frente à alta significativa na projeção de 2025, de 4,12% para 4,34%. Isso mostra um descontrole maior nas expectativas de médio prazo, o que pode pressionar a política monetária. O crescimento do PIB, que subiu para 3,17%, é positivo, mas acontece em um ambiente de desvalorização cambial – com o dólar chegando a R$ 5,70 – e juros elevados. A Selic estável em 11,75% para 2024 dá fôlego no curto prazo, mas sua revisão para 12,25% em 2025 reforça o custo alto do crédito, dificultando investimentos. O principal alerta é a combinação de inflação persistente e câmbio volátil, que impacta diretamente o planejamento empresarial e a competitividade. A economia segue crescendo, mas o ambiente exige ajustes estratégicos rápidos para mitigar riscos e proteger margens”, afirmou Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“O Boletim Focus desta semana trouxe uma leve revisão para baixo na estimativa de inflação de 2024, agora em 4,60%, ainda acima do teto da meta, mas sinalizando uma possível estabilização no curto prazo. Contudo, o mercado elevou as projeções de inflação para 2025 e 2026, refletindo preocupações persistentes com pressões inflacionárias e a continuidade de uma política monetária mais rígida. A taxa Selic foi mantida em 12% para o final de 2025, indicando que os juros elevados continuarão sendo a principal ferramenta para conter a inflação no horizonte. Esses dados reforçam que a economia brasileira deve seguir enfrentando desafios nos próximos anos. A alta nos juros impacta negativamente o consumo e o investimento, especialmente em setores dependentes de crédito, como o varejo e a construção civil. Por outro lado, a revisão para baixo no IPCA de 2024 pode trazer algum alívio para consumidores e empresas no curto prazo, mas o cenário de médio prazo exige cautela, tanto no planejamento econômico quanto nas decisões políticas que possam impactar a confiança do mercado e o crescimento sustentável”, disse Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“O Boletim Focus desta semana traz projeções que reforçam o otimismo com o desempenho econômico em 2024, mas sinaliza desafios para 2025, especialmente no setor de construção civil. A revisão para baixo da inflação neste ano pode aliviar custos de insumos no curto prazo, mas o câmbio mais alto e a expectativa de uma Selic maior no ano seguinte podem pressionar o crédito imobiliário e encarecer projetos de longo prazo, reduzindo o ritmo de novas obras. É um cenário que exige planejamento cuidadoso e estratégias mais assertivas para mitigar riscos no setor”, afirmou Alex Andrade, CEO da Swiss Capital Invest.
“Na divulgação, a previsão para o IPCA de 2024 caiu marginalmente, enquanto para 2025 subiu de 4,12% para 4,34%, refletindo um cenário inflacionário ainda pressionado para além do curto prazo. A expectativa de juros também foi revisada para cima, com a Selic subindo novamente ao final de 2025, uma sinalização de que o Banco Central poderá manter a política monetária restritiva por mais tempo para ancorar as expectativas inflacionárias. A previsão de crescimento do PIB para 2024 foi revisada de 3,10% para 3,17%, indicando uma perspectiva um pouco mais otimista para a economia no curtissimo prazo. Contudo, para 2025, o crescimento esperado é de apenas 1,95%, refletindo o impacto potencial de juros altos na atividade econômica. O câmbio, por sua vez, foi ajustado para cima, com o dólar projetado a R$ 5,70 em 2024 e R$ 5,55 em 2025, sugerindo uma pressão adicional sobre os custos de importação e possíveis impactos nos preços domésticos. Esses ajustes sugerem que o Brasil enfrentará um cenário econômico de transição. De um lado, há sinais de que a inflação pode ser controlada a médio prazo, mas o custo será um crescimento econômico moderado e taxas de juros elevadas, o que restringe o consumo e os investimentos. Outro ponto, é que o câmbio mais alto deve beneficiar exportadores, mas pressiona setores dependentes de importações e pode limitar o impacto positivo de uma inflação desacelerada.Para os mercados financeiros, a manutenção de juros elevados por mais tempo tende a ser desafiadora para ações de setores cíclicos e intensivos em crédito, enquanto exportadores e empresas ligadas a commodities podem se beneficiar da valorização do dólar. O cenário fiscal e a evolução do ajuste monetário global também serão determinantes para a confiança do mercado nos próximos meses. Mas nisso tudo vale lembrar que a iminente divulgação do pacote de corte de gastos por parte do governo federal pode acabar mudando toda essa dinâmica e as previsões para a próxima divulgação do boletim FOCUS”, disse Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
“As revisões do Boletim Focus têm implicações importantes para quem investe no exterior. A elevação das projeções para o dólar e a Selic em 2025 sugere um cenário de maior volatilidade cambial e um custo de oportunidade mais alto para alocação de recursos fora do Brasil. Por outro lado, o câmbio mais elevado pode beneficiar investidores que já possuem ativos internacionais, aumentando o retorno em reais. É um momento que exige cautela e diversificação, com foco em estratégias que aproveitem as oportunidades globais sem perder de vista os riscos locais”, afirmou Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus.
“As projeções do Boletim Focus trazem sinais mistos para o mercado de fusões e aquisições. O crescimento econômico revisado para cima neste ano pode estimular negócios de curto prazo, com empresas aproveitando o cenário mais positivo. No entanto, a expectativa de dólar mais alto e Selic elevada em 2025 pode aumentar o custo de captação e reduzir a atratividade de investimentos, especialmente para compradores estrangeiros. Esse cenário reforça a necessidade de estratégias bem estruturadas para capturar oportunidades enquanto os fundamentos econômicos ainda estão favoráveis”, disse Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital.
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Notas de mercado
Aqui no Grana News, você terá informações sobre os principais assuntos da bolsa brasileira (B3), de acordo com relatórios de mercado.
PETR4 – Petrobras
Petrobras negocia com a Raízen, Inpasa e a British Petroleum (BP) para parceria em etanol, segundo apuração da Agência Reuters.
Na semana passada, a Petrobras havia anunciado investimentos de US$ 2,2 bilhões na produção de etanol em seu plano estratégico de 2025 a 2029.
RAIZ4 – Raízen
Raízen estuda sócio para etanol e vender Oxxo, conforme apuração da Bloomberg.
PRIO3 – Prio
Preço do petróleo do tipo Brent (do Mar do Norte) cai para patamar de US$ 74 por barril, e o tipo WTI (do Texas/EUA) diante de possibilidade de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
CRFB3 – Carrefour Brasil
Principais fornecedores brasileiros de carne suspenderam o fornecimento ao Carrefour no Brasil.
A suspensão foi em resposta ao anúncio do presidente mundial do Carrefour de que a rede não fornecerá carne de países do Mercosul na França, segundo reportagens da Folha e da Reuters.
Segundo o Carrefour Brasil, até o momento, não há desabastecimento nas lojas.
VALE3 – Vale
Preço do minério de ferro aumenta 2% em Singapura (Ásia), a US$ 102,65 por tonelada, após desvalorização global do dólar, fator que impulsiona commodities.
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Fontes de conteúdo: Ágora, Avenue, B3, Bradesco, BTG Pactual, CVM, Itaú, Genial, Santander, Terra, Toro e XP.
Edição de texto: Ernani Fagundes, jornalista especializado em informações econômicas, financeiras e de mercado de capitais.
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